Infinito Particular

Éramos dois, sentados olhando o telão num silêncio profundo, ainda me perguntava porque não havia escolhido um filme de terror, assim poderia chegar mais perto de você. Nosso silêncio ecoava em toda a sala, era como um grito de socorro, ele pedia um beijo. O casal do filme começou a se beijar, era como um aviso, te olhei e fiquei na minha, você me olhou e segurou minha mão, meu coração deu um salto e as borboletas apareceram, oh Deus, elas sempre apareciam ao seu toque.

 Respirei fundo, sua mão continuou sobre a minha, você me passava uma paz, será que eu podia deixar transparecer? entre uma cena e outra eu esboçava um sorriso bobo, era bom está na sua companhia, queria saber se era recíproco. Eu sabia que estava perto de acontecer, tentei ficar calma, mas as borboletas não me abandonaram. Você foi chegando mais perto  e mais perto e quando vi viramos um, foi um beijo ardente, sutil e eu podia jurar que ouvi sinos. Eu me perdi e me encontrei em você, naquele momento senti um turbilhão de emoções como um torpedo, nos largamos mais nossas mãos continuaram juntas, juntas pelo infinito, o nosso infinito.